Biografia


 

Nascido em Caruaru-PE, a 25 de março de 1923, transferiu-se em 1942 para a capital, onde ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Em 1941 já havia publicado seu primeiro conto – “Por que chora o Manuel?” no suplemento Literário do Jornal do Commercio, ainda na terra natal.

 

Antes de sua vinda para o Rio de Janeiro, em 1944, colaborou no “Diário da Manhã” e nos Suplementos Literários do “Jornal do Commercio” e “Diário de Pernambuco”, no Recife, além da revista “Renovação”, dirigida por Vicente do Rêgo Monteiro.

 

Na cidade do Rio de Janeiro, foi repórter do matutino “Diário de Notícias” (1947/1948); redator e crítico musical da revista “Carioca”, da empresa A NOITE, também colaborando em “A Noite Ilustrada”; escreveu colunas na “Cena Muda” e “Revista da Semana”; foi redator musical do vespertino “Última Hora” ; colaborou no suplemento “Letras e Artes”, do matutino “A Manhã”; manteve coluna sobre livros no jornal “Vanguarda”; foi redator e colunista musical do matutino “Correio da Manhã” (1955/1966); colaborou na “Folha de Minas” de Belo Horizonte e na “Folha de Jundiaí”, de São Paulo; escreveu no antigo “Diário Carioca” e “Diário Trabalhista”, do Rio de Janeiro, DF. Escreveu uma coluna de música e discos no Jornal de Letras – ABL.

 

Em 1958 ingressou no Instituto do Açúcar e do Álcool, onde assumiu atividades de relações públicas do órgão como chefe do Serviço de Documentação, assumindo ali a direção da revista Brasil Açucareiro, publicação que ampliou e dinamizou.

 

Publicou o primeiro livro em abril de 1968, “Música Popular Brasileira”, prefaciado pelo sociólogo Gilberto Freyre, e editado pela Universidade Federal de Pernambuco. Em 1973, lançou o segundo livro “Vultos e Temas da Música Brasileira”, com prefácio do acadêmico pernambucano Marcos Vinícios Vilaça.

 

Como compositor de música popular era filiado à SBACEM e ao Sindicato dos Compositores Musicais do Rio de Janeiro, tendo gravado sua primeira música em 1950. Sua composição de maior êxito foi “O Samba Brasileiro”, sucesso da cantora Elza Soares, e gravado por outros famosos cantores da época como Carmélia Alves, e lançada nos E.U.A. pelo pianista norte-americano Derek Smith.

 

Em 1969 foi eleito para a vaga de Sérgio Porto (o Stanislaw Ponte Preta) no Conselho de Música Popular do Museu da Imagem e do Som. Em 1973 foi eleito membro-correspondente da Academia Pernambucana de Letras, em votação unânime. Era sócio da Associação Brasileira de Imprensa, onde exerceu o cargo de diretor de Atividades culturais na gestão de Herbert Moses.

 

Na área do Folclore, publicou: A cana de açúcar no folclore (1966), Judith Cleason e o folclore do negro no Brasil (1967), Folclore e tradição (1965), A arte da xilogravura na terra do açúcar (1973), Raízes folclóricas na música popular moderna (1969), Alfenim: açúcar com alma de gente (1971), Valdevino Felicidade – filósofo do engenho (1972)

 

Claribalte foi também folclorista respeitado e escreveu livros de contos sobre este tema e sobre ecologia: “Estórias de Um Senhor de Engenho” e “Universo Verde” marcaram esse seu último voo pela Literatura.

 

Claribalte Passos faleceu em 15 de fevereiro de 1986, no Rio de Janeiro, quando ainda exercia funções de colaborador no Jornal de Letras, editado pela ABL.

Sílvio Brandão Passos (filho)



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